Em Sidney, na Austrália, um homem pediu divórcio após a mulher ter dito que não queria sexo na noite de núupcias. A história foi contada pela própria mulher durante uma participação no programa de rádio Hot Night de Abbie Chatfield: “Na noite de casamento, saímos e quando voltamos ao quarto de hotel, infelizmente, não lhe dei o que ele queria”. A apresentadora do programa comentou: “Que homem horrível e nojento. Já ouvi muitas histórias de pessoas que não fizeram sexo na noite de nupcias porque estavam cansados”.
Quais as reflexões dessa situação?
Muitas pessoas não entendem a importância de respeitar, mesmo dentro de um casamento, o tempo da outra pessoa. Quando os casais se deixam levar pelo peso da rotina, pela falta de cuidado e afeto, ou pela falta de companheirismo, é comum colocarem um ponto final na relação. Em 2022, de acordo com os dados do Colégio Notarial do Brasil (CNB), 68.703 casais oficializaram a separação entre os meses de janeiro e novembro.
“Acordos existem em todos os relacionamentos, e eles não devem tirar a liberdade das partes como pessoas e não são, necessariamente, condições ruins. Eles servem para estabelecer um dinamismo confortável, inclusive nas relações não monogâmicas E o sexo, assim como qualquer outra questão, pode e deve ser conversado, principalmente para evitar certas expectativas e frustrações, entendendo que ninguém tem o direito de cobrar a relação sexual se a outra pessoa não está confortável, cansada ou simplesmente não queira fazer naquele momento”, disse Henri Fesa, especialista em relacionamentos da Casa das Magias.
O consentimento deve ser mútuo, e esse cenário levanta várias questões importantes sobre ele e sobre a comunicação dentro de um relacionamento. “Cada indivíduo tem o direito de consentir, de forma livre. Ninguém deve ser coagido a fazer algo que não deseja, mesmo numa noite de núpcias. É dever de cada pessoa entender com tranquilidade a negativa e, se achar válido, deve conversar para alinhar as expectativas”, finaliza Fesa.