Barroso mantém a decisão da CPI que pediu condução coercitiva de Wizard

Diário Carioca

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu nesta sexta-feira (18) manter a decisão da Comissão Parlamentar (CPI) da Pandemia que solicitou à Justiça a condução coercitiva do professor Carlos Wizard para prestar depoimento.

O depoimento estava marcado marcado para ontem (17), mas o aplicou não compareceu. A defesa alegou que ele está nos Estados Unidos acompanhando o tratamento de saúde de um parente. Foi solicitado o depoimento por videoconferência, mas o pedido não foi atendido pela comissão. Os advogados argumentaram ainda que se Wizard deixar o país, não conseguir voltar por causa das restrições migratórias provocadas pela pandemia de covid – 19.

Diante do impasse, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), solicitou à Justiça o comparecimento compulsório e a retenção do passaporte do cidadão.

Mais cedo, um juiz federal Marcia Souza de Oliveira, da 1ª Vara Federal em Campinas (SP), autorizou a Polícia Federal (PF) a realizar a diligência, mas o empresário não foi encontrado. Dessa forma, a magistrada autorizou a retenção do documento após o retorno ao Brasil.

Na decisão, Barroso negou da defesa para derrubar as medidas e disse que, na quarta-feira 16 ), autorizou Wizard a ficar em silencio no depoimento que Deveria prestar à CPI, mas o professor não foi desobrigado a comparecer.

“Ressalvei, todavia, que o atendimento à convocação configurava uma obrigação imposta a todo cidadão, e não uma mera faculdade jurídica, igualmente na linha dos precedentes do Tribunal”, argumentou o ministro.

Defesa Os advogados sustentaram que Carlos Wizard não pode ser alvo das medidas porque elas estariam em desacordo com a decisão do ministro que garantiu direito ao silêncio.

“Nesse sentido, tem-se que a Comissão Parlamentar de Inquérito, ao contrário do contido na ordem concedida por Vossa Excelência, não está conferindo ao paciente o tratamento no sentido jurídico de investigado, mas, ao contrário, está a adotar medidas ilegais absolutamente contrárias e incompatíveis com a situação jurídica conferida pela liminar concedida “, argumentou a defesa.

No STF, os advogados de Wizard também afirmaram que ele nunca ocupou cargo público no Ministério da Saúde e não tomada administrativa. Segundo a defesa, o aplicação auxiliou o ex-ministro Eduardo Pazuello, de forma voluntária, por cerca de 20 dias , durante o processo de transição após a saída de Nelson Teich.

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