A controvérsia surge no Ministério da Justiça com as visitas de Luciane Barbosa Farias, esposa de Clemilson dos Santos Farias, também conhecido como “Tio Patinhas” e líder do Comando Vermelho no Amazonas.
As visitas ocorreram neste ano e foram reveladas após ambos serem condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.
Apesar das negações do ministro Flávio Dino sobre um encontro direto, a situação levanta questionamentos sobre possíveis ligações entre autoridades e líderes criminosos.
O Caso e as Condenações:
- Líder do Comando Vermelho: Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas,” preso desde dezembro de 2022.
- Condenações: Ambos foram condenados em segunda instância por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa.
As Visitas ao Ministério da Justiça:
- Duas Visitas em 2023: Luciane Barbosa Farias, esposa de “Tio Patinhas,” fez duas visitas ao Ministério da Justiça neste ano.
Negativas e Explicações:
- Flávio Dino nas Redes Sociais: O ministro Flávio Dino nega ter recebido, em seu gabinete, a visita de líder de facção criminosa ou parente, enfatizando que a audiência mencionada não ocorreu em seu conhecimento ou presença.
- Versão do Secretário Elias Vaz: Elias Vaz, secretário de Assuntos Legislativos do MJ, confirma o encontro, mas esclarece que ocorreu como parte de uma agenda com uma ex-deputada.
Reunião e Solicitação de Audiência:
- Solicitação de Janira Rocha: A audiência foi solicitada por Janira Rocha, ex-deputada estadual e vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da ANACRIM-RJ.
- Presença de Outras Mães: Luciane Barbosa esteve presente como acompanhante da advogada Janira Rocha e falou sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário, enquanto outras mães pediam celeridade em investigações sobre a morte de seus filhos.
Posicionamento do Ministro:
- Flávio Dino Repudia Envolvimento: O ministro repudia qualquer envolvimento abjeto e politiqueiro de seu nome com atividades criminosas, esclarecendo que atendeu a Janira Rocha por conhecer a profissional e por ela desejar falar sobre vítimas de homicídios.
A situação levanta debates sobre a relação entre autoridades e líderes criminosos, colocando em foco a transparência e integridade no trato de assuntos delicados relacionados à segurança pública
Confira integra:
“Informo que, no dia 14 de março, recebi solicitação de audiência por parte da Sra. Janira Rocha, ex-deputada estadual no Rio de Janeiro e vice-presidente da Comissão de Assuntos Penitenciários da ANACRIM-RJ.
Na reunião, realizada no dia 16 de março, a Sra. Janira Rocha veio acompanhada das senhoras Ana Lúcia, mãe do jovem Lucas Vinícius, morto em 2022.
E também de Luana Lima, mãe de Lara Maria Nascimento, morta em 2022; e de Luciane Farias, do estado do Amazonas. Durante a audiência, das mães Ana Lúcia e Luana Lima, escutei reivindicações pedindo celeridade nas investigações sobre a morte dos filhos.
Na ocasião, recebi os documentos anexos, nenhum tratando de casos ocorridos no estado do Amazonas. Quanto à Sra. Luciane, ela estava como acompanhante da advogada Janira Rocha, e se limitou a falar sobre supostas irregularidades no sistema penitenciário.
Por esta razão, foi sugerido à advogada Janira Rocha que elas procurassem a Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN).
Tenho uma longa trajetória parlamentar e política, sempre com a marca da seriedade. Atendi a advogada Janira Rocha e acompanhantes por conhecer a citada profissional e ela desejar falar sobre vítimas de homicídios.
Repudio qualquer envolvimento abjeto e politiqueiro do meu nome com atividades criminosas.”