Haia, 11 nov (EFE).- A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) deu sinal verde nesta quinta-feira para o registro de dois medicamentos contra a covid-19, Ronapreve, desenvolvido pelas companhias Regeneron e Roche, e Regkirona, da farmacêutica sul-coreana Celltrion.
A EMA, dessa forma, recomenda que a Comissão Europeia aprove a licença para os dois tratamentos contra a doença provocada pelo novo coronavírus, que se tornariam os primeiros medicamentos com anticorpos monoclonais com autorização de comercialização na União Europeia (UE).
O Ronapreve combina os anticorpos monoclonais casirivimab e imdevimab, sendo recomendado para tratar da covid-19 adultos e adolescentes com mais de 12 anos (desde que tenham mais de 40 quilos), que não requerem oxigênio suplementar e que têm um maior risco de desenvolver forma grave da doença.
Em fevereiro deste ano, a EMA já havia emitido uma opinião científica válida para todos os países da UE, em que respaldava o usa da combinação de casirivimab e imdevimab, ao considerar que os efeitos secundários notificados foram leves ou moderados.
O posicionamento, contudo, apenas buscava ajudar na tomada de decisões pelas autoridades de saúde nacionais, não sendo semelhante a de hoje, de recomendação à licença para uma companhia farmacêutica específica.
O medicamento produzido pela Regeneron e Roche, que é comercializado nos Estados Unidos, ganhou notoriedade ao ser utilizado pelo ex-presidente do país Donald Trump, no ano passado, quando ele deu positivo em teste para o novo coronavírus.
Já a Celltrion Healthcare Hungary Kft, filial da companhia sul-coreana, havia solicitado a licença da Regkirona no mês passado, com dados que respaldam que os anticorpos monoclonais regdanvimab permitem a capacidade do vírus de chegar às células do corpo, reduzindo a necessidade de internação de pacientes com covid-19.
O medicamento, de acordo com as análises, é efetivo para adultos que não precisam de oxigênio suplementar e apresentam maior risco de desenvolver sintomas graves.
A agência europeia também está analisando outros seis tratamentos para a covid-19, entre eles, o molnupiravir, também conhecido com Lagevrio o MK 4482, desenvolvido pela companhia americana MSD, em parceria com a empresa de biotecnologia Ridgeback Biotherapeutics.
Os testes sugerem que o medicamento pode reduzir a capacidade do novo coronavírus se multiplicar no corpo, evitando a hospitalização e a morte de adultos infectados com o patógeno. EFE