Buenos Aires, 14 nov (EFE).- Os colégios eleitorais da Argentina fecharam as portas às 18h (locais e de Brasília) deste domingo, após o fim da votação para a renovação da metade das cadeiras da Câmara dos Deputados e de um terço do Senado do país.
Cerca de 34,3 milhões de argentinos estavam aptos a eleger 127 deputados – dos 257 que compõem a Câmara -, para um mandato de quatro anos. Além disso, em oito províncias, também seriam escolhidos um total de 24 dos 72 senadores, para os próximos seis anos.
Segundo dados divulgados pela Câmara Nacional Eleitoral, até às 17h, 64,5% do eleitorado havia comparecido às urnas.
Após o fechamento dos locais de votação, o ministro do Interior da Argentina, Eduardo de Pedro, afirmou a jornalistas que o processo eleitoral “aconteceu com total normalidade” e que a expectativa é que a taxa de comparecimento seja de, ao menos, 71%.
O governo nacional, que é responsável pela apuração provisória, deverá divulgar os primeiros resultados oficiais por volta de 21h.
Com o avanço da vacinação contra a covid-19, a votação de hoje aconteceu com medidas de segurança mais flexíveis, na comparação com as adotadas em setembro passado, nas primárias para o pleito legislativo.
Na Argentina, o voto é obrigatório para todas as pessoas de 18 a 69 anos.
As eleições de hoje foram o primeiro teste do governo presidido por Alberto Fernández, que chegou ao poder no fim de 2019. Os resultados definirão a divisão de forças dentro do Parlamento do país.
Nas primárias, a coalizão de oposição Juntos pela Mudança obteve mais de 40% dos votos em todo o país, enquanto a governista Frende de Todos alcançou pouco mais de 30%.
Caso o resultado se repita, Fernández perderia a maioria no Senado e teria uma bancada menor de apoio entre os deputados, inclusive, podendo ter quantidade inferior do que o bloco Juntos pela Mudança.
Quatro regiões são consideradas cruciais, por serem as mais populosas da Argentina: as províncias de Buenos Aires (37% do eleitorado), de Córdoba (8,69%), Santa Fé (8,06%), além da capital (7,43%).
Cerca de 90 mil agentes das Forças Armadas e outras corporações de segurança atuaram ao longo deste domingo, para garantir proteção às mais de 100 urnas, que foram distribuídas em, pelo menos, 17 mil pontos de votação no país. EFE