Buenos Aires, 7 jan (EFE).- A Argentina conseguiu nesta sexta-feira apoio necessário para presidir a Comunidade dos Estados da América Latina e Caribe (Celac) em 2022.
O anúncio foi feito durante a XXII Reunião de Ministros e Ministras das Relações Exteriores do bloco, realizada em Buenos Aires.
“Há consenso”, disse Marcelo Ebrard, chanceler do México, país que exerce a presidência desde 2020.
Após meses de intensas conversas com os países membros, o governo de Alberto Fernández, único candidato a liderar a organização desta vez, assume assim o comando do bloco cinco meses depois de a candidatura do país não conseguir o consenso necessário na cúpula de presidentes.
“Para a Argentina, ter recebido a confiança unânime é um compromisso real. E é assim que queremos apresentá-lo: como um compromisso de trabalho coletivo”, disse o Ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, na sessão plenária de hoje.
“A busca de uma base comum será nosso principal mandato, e o respeito pela diversidade, nosso princípio norteador”, acrescentou.
TENSÕES SUPERADAS.
Criada em 2010, a CELAC inclui mais de 30 países da América Latina e do Caribe – o Brasil deixou o bloco em 2020, por considerar que ele apoia “regimes não democráticos” como os de Cuba, Venezuela e Nicarágua.
Entre os participantes da reunião desta sexta-feira estão os ministros das Relações Exteriores desses três países.
Em 2021, a Nicarágua foi o único país a anunciar que não apoiaria a Argentina como presidente da Celac, alegando que “se tornou um instrumento do imperialismo norte-americano”. O motivo para essa alegação foram as críticas feitas pelo governo argentino à prisão de políticos da oposição no país centro-americano.
No fim, a Nicarágua superou sua relutância e apoiou a Argentina. EFE