Após duas semanas do assassinato do ex-presidente Jovenel Moise, o país possui um novo primeiro-ministro. Ariel Henry havia sido nomeado por Moise um dia antes de falecer, diante da renúncia de Claude Joseph, apresentada no dia 5 de julho.
No entanto, logo do crime de magnicídio, Joseph se autoproclamou presidente interino e convocou um conselho de Estado.
Henry reivindicou o cargo, mas não havia assumiddo antes da morte de Moise, iniciou a guerra de braço. Resolvido o conflito com um acordo de unidade pela “estabilidade do país”, Joseph assumirá como ministro de Relações Exteriores do país.
Ariel Henry é médico cirurgião, tem 71 anos, era assessor científico do grupo de combate à covid-19 e foi um dos coordenadores da campanha contra a epidemia de cólera no Haiti em 2012.
Já atuou como ministro de Assuntos sociais e do Trabalho (2011-2016), do Interior, em 2016, durante a gestão de Michel Martelly. Em 2006, havia sido ministro da Saúde.
Ajudou a fundar o movimento Convergência Democrática, em oposição ao governo de Jean-Bertrand Aristide. Atualmente é membro do partido social-democrata Inite.
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Jovenel Moise foi assassinado a tiros, na residência oficial, no dia 7 de julho. Até o momento, 15 pessoas foram detidas, sete foram abatidas pela polícia e os demais estão foragidos da justiça, entre haitiano-estadunidenses e paramilitares colombianos.
As investigações apontam que a operação “Novo amanhecer para o Haiti” foi planejada em Miami, Florida e envolve empresas de segurança privada de opositores venezuelanos e equatorianos.
Edição: Leandro Melito