Arquiteto catalão Luis Alonso morre aos 66 anos

Diário Carioca

Barcelona (Espanha), 14 out (EFE).- O arquiteto catalão Luis Alonso, cofundador do escritório Alonso, Balaguer e Associados, de grande projeção internacional e ganhador do concurso “Porto Olímpico” do Rio de Janeiro em 2011, morreu na noite de quarta-feira, em Santiago, no Chile, aos 66 anos vítima de um infarto, confirmou a empresa à Agência Efe.

Em julho, Alonso anunciou em encontro com jornalistas que voltaria ao escritório de Barcelona, após oito anos trabalhando em Santiago, onde defendeu a inovação e a responsabilidade social na arquitetura.

O arquiteto tinha se estabelecido no Chile devido ao “pessimismo”, à “decadência” e à falta de atividade na Espanha e em busca de “estímulo intelectual” e da oportunidade de realizar projetos inovadores que não conseguia desenvolver no país natal, como explicou à época.

O próprio Alonso confessou que a sua vocação como arquiteto nasceu do jogo de construção Exin Castles, que ganhou de presente quando tinha 13 anos de idade. Cinco anos depois, conheceu Sérgio Balaguer, com quem fundou seu próprio escritório de arquitetura, em 1978, e que acabou se tornando um dos principais da Espanha.

Para além da sede em Barcelona, o escritório tem unidades em Santiago, Rio de Janeiro, São Paulo, Bogotá, Nova York e Lima, nas quais mais de 50 pessoas trabalham como parte de uma equipe multidisciplinar de arquitetos, urbanistas, designers de interiores, designers industriais e designers gráficos.

Além da participação no projeto para os Jogos Olímpicos de 2016, o escritório também foi responsável pela Torre Bacatá, um dos maiores arranha-céus da América Latina, em Bogotá, pelo Campus de Formação Empresarial da Iberdrola em Madri, pela cidade do tênis de Rafael Nadal, pelo Palácio de Esportes do Cazaquistão e pela Torre San Ignacio em Tegucigalpa, em Honduras.

Em entrevista recente, Alonso argumentou que embora “a arquitetura espanhola tenha uma qualidade extraordinária”, sempre sofreu com “muita timidez e falta de ambição” e atribuiu estas deficiências a “escolas, associações profissionais e autoridades políticas”.

O próprio Alonso criticou o fato de nunca ter recebido apoio de instituições públicas nos concursos internacionais dos quais participou. EFE

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