Ataques do exército do Sudão deixam 32 mortos, diz grupo ativista

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Ataques do exército do Sudão deixam 32 mortos, diz grupo ativista

Pelo menos 32 civis foram mortos e dezenas ficaram feridos em ataques de artilharia do exército sudanês na terça-feira (5), um dos números mais altos em um único dia de combates desde o início do conflito em abril, segundo o grupo de ativistas Emergency Lawyers, segundo a Reuters. Ativistas de direitos humanos e moradores afirmam que o exército regular e as Forças de Apoio Rápido  (RSF, paramilitares que lutam pelo controle do país dispararam mísseis contra áreas povoadas, causando centenas de vítimas civis na capital, Cartum, e em outras cidades. Embora a RSF detenha a maior parte do terreno em Cartum e nas cidades de Omdurman e Bahri, que formam a capital mais ampla, o Exército tem uma vantagem na artilharia mais pesada e nas aeronaves. O ataque de terça-feira ocorreu no bairro de Ombada, no oeste de Omdurman, segundo o comunicado divulgado na quarta-feira, um bairro que já foi alvo de vários ataques mortais. No início desta semana, fontes militares disseram que o Exército havia mobilizado um grande número de tropas terrestres em Omdurman e estava se preparando para uma grande operação para tentar cortar a principal rota de abastecimento da RSF para a capital a partir da região de Darfur. LEIA: Sudão registra mais de 700 novos deslocamentos forçados infantis por hora Voluntários locais relataram que 19 pessoas foram mortas em ataques do exército em Ombada no domingo. Os moradores dizem que um grande número de pessoas fugiu do bairro de Ombada na quarta-feira. A RSF também foi acusada por ativistas e moradores de danificar casas ao disparar mísseis antiaéreos e outros tipos de artilharia, além de saquear e ocupar bairros civis. “O uso de artilharia pesada e leve em áreas repletas de civis é um crime de guerra (…) e reflete um desrespeito por suas vidas”, disseram os Emergency Lawyers, que são ativistas jurídicos pró-democracia, na quarta-feira. Eles disseram que o Exército e a RSF seriam levados à justiça. As facções, que se desentenderam por causa de planos apoiados internacionalmente para integrar suas forças durante uma transição para a democracia, negaram a responsabilidade pelos ataques que mataram civis. Na quarta-feira, os Estados Unidos sancionaram o vice-chefe da RSF por envolvimento em abusos de direitos humanos cometidos por suas tropas, e já haviam sancionado empresas ligadas a ambos os lados. LEIA: Conflito no Sudão atinge novas áreas povoadas

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca