Genebra (Suíça), 29 out (EFE).- O etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus se apresentou como candidato à reeleição a diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), função que já exerce, segundo divulgou nesta sexta-feira a agência das Nações Unidas.
“Apenas um candidato foi proposto pelos Estados membros até a data limite de 23 de setembro”, indicou a OMS, por meio de comunicado.
Tedros, de 56 anos, que seguirá dirigindo a organização até 2027, foi responsável pelo trabalho de resposta da agência à pior crise sanitária global do único século, causada pela pandemia da covid-19.
A reeleição do diretor-geral, que também foi ministro da Saúde e das Relações Exteriores da Etiópia, será formalizada na 75ª Assembleia Mundial da OMS, que está prevista para acontecer em maio de 2022.
O novo mandato de Tedros, após a ratificação no cargo, terá início em 16 de agosto.
Até hoje, só houve uma reeleição no cargo de direção-geral da OMS, que só pode ser ocupado por um período máximo de dez anos. Isso aconteceu com Margaret Chan, que esteve na liderança da agência de 2007 e 2017 e foi sucedida pelo etíope.
A indicação de Tedros foi apoiada, segundo informou a OMS, por 28 Estados membros, entre eles, Alemanha e França, que já tinham manifestado apoio público em setembro deste ano.
Outros países da União Europeia, embora não os 27 em conjunto, também deram respaldo à candidatura, entre eles, Portugal, Espanha, Holanda, Suécia, Dinamarca, Grécia, Hungria, Áustria, Croácia e Irlanda.
O habitual é que candidatura à diretor-geral seja apresentada pelo país de origem do aspirante, que neste caso seria a Etiópia, o que não ocorreu dessa vez.
Alguns observadores atribuíram isso a recentes declarações de Tedros nos últimos meses, com críticas à atuação do país africano no conflito na região de Tigray, de onde é proveniente a família do diretor-geral da OMS. EFE