Redação Central, 18 out (EFE).- O autor do atentado ocorrido na última quarta-feira na Noruega, em que cinco pessoas foram assassinadas, utilizou armas afiadas para cometer os crimes, segundo divulgou hoje a polícia de Kongsberg, no sudoeste do país.
Espen Andersen Brathen, de 37 anos e de nacionalidade dinamarquesa, embora nascido e criado na Noruega, disparou com um arco e flecha contra diversas pessoas, no entanto, deixou a arma e fez as cinco vítimas com armas brancas, conforme indicam as investigações sobre o caso.
“Tudo indica que elas foram escolhidas aleatoriamente”, afirmou hoje, em entrevista coletiva, o inspetor da polícia de Kongsberg, Per Thomas Omholt.
O representante da corporação, no entanto, preferiu não dar detalhes sobre os tipos de armas utilizados, para esperar o avanço dos trabalhos de averiguação sobre o caso.
Até hoje, a polícia não tinha divulgado como Brathen, que foi preso no dia do ataque e já passou por julgamento preliminar, tinha matado as vítimas.
Até o momento, as causas mais prováveis do ataque, para os investigadores, são os problemas mentais do autor dos crimes, que está sob custódia em um hospital psiquiátrico.
Brathen, segundo divulgaram inicialmente as autoridades locais, tinha se convertido ao islamismo e estava sendo monitorado pelos serviços de inteligência da Noruega, devido uma suposta “radicalização”.
Hoje, Omholt garantiu que a teoria sobre a conversão do autor ao islamismo tenha perdido força.
Na última sexta-feira, em um tribunal da cidade de Baskerud, foi realizada a primeira audiência sobre o caso, em que acabou sendo determinada a prisão preventiva de Brahen por quatro semanas, diante das acusações de cinco homicídios e três tentativas.
HISTÓRICO CONTURBADO.
Veículos de imprensa do país nórdico noticiaram na última quinta-feira que o acusado pela autoria da ação registrou anteriormente distúrbios psiquiátricos.
Além disso, foi difundido vídeo de 2017, em que Brathen aparece fazendo ameaças em norueguês e em inglês, em que afirma ter se tornado muçulmano. Os atos fizeram com que ele fosse denunciado às autoridades locais por um amigo.
O preso foi condenado em 2012 a 60 dias de prisão condicional por roubo e posse de drogas. Em junho de 2020, um tribunal determinou que ele deveria ficar seis meses proibido de visitar a família em Kongsberg, por ameaçar de morte o pai e entrar em casa armado. EFE