Bannon se entrega ao FBI após ser acusado de desacato ao Congresso dos EUA

Diário Carioca

Washington, 15 nov (EFE).- Steve Bannon, aliado do ex-presidente americano Donald Trump (2017-2021), se entregou na sede do FBI em Washington nesta segunda-feira, após ter sido intimado por duas acusações de desacato ao Congresso por não ter comparecido a uma convocação do comitê legislativo que investiga a invasão ao Capitólio ocorrida em janeiro.

Bannon, de 67 anos, foi acusado por ter se recusado a comparecer ao comitê e por não querer entregar documentos às autoridades. Uma acusação por desacato ao Congresso pode acarretar entre 30 dia e um ano de prisão, além de uma multa entre US$ 100 e US$ 1 mil.

A acusação formal ocorreu na sexta-feira passada, após a Câmara dos Representantes ter detido Bannon por desacato ao tribunal em 21 de outubro por se recusar a comparecer ao comitê que investiga o ataque de 6 de janeiro ao Capitólio por parte de apoiadores de Trump.

Essa declaração foi encaminhada ao Departamento de Justiça, que deveria decidir se prosseguiria ou não com a acusação.

Enquanto isso, o procurador-geral dos EUA, Merrick Garland, foi alvo de todo o tipo de pressões políticas para acusar Bannon, após a decisão do Congresso.

O procurador do Distrito de Columbia, Matthew M. Graves, recordou na intimação que acredita que o aliado de Trump tem informações relevantes sobre o que aconteceu.

Um processo penal contra Bannon pode levar anos para ser resolvido em tribunal e, segundo a emissora “CNN”, estes tipos de processos por desacato ao Congresso costumam ser distorcidos por júris simpáticos aos acusados e por recursos.

Em 6 de janeiro, cinco pessoas morreram e cerca de 140 oficiais foram agredidos por manifestantes pró-Trump que invadiram o Capitólio armados com machados, bastões e tacos de hóquei, entre outros objetos, de acordo com as autoridades.

A invasão ocorreu após um comício em que Donald Trump se recusou a aceitar a derrota nas eleições de novembro de 2020 e incentivou os apoiadores a irem ao Capitólio, onde os legisladores estavam reunidos para certificar a vitória eleitoral do atual presidente, Joe Biden. EFE

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