Israel lançou ao menos 25 mil toneladas de explosivos na Faixa de Gaza sitiada desde o início da atual escalada em 7 de outubro, equivalente a duas bombas nucleares, alertou o Monitor de Direitos Humanos Euromediterrâneo em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2).
Conforme a denúncia, o exército israelenses reconheceu ter bombardeado mais de 12 mil alvos em Gaza. Trata-se de cerca de 10 kg de explosivos per capita.
A entidade estimou que as bombas atômicas lançadas a Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em agosto de 1945, equivaliam a 15 mil toneladas, de modo que o desenvolvimento tecnológico amplificou a potência de explosivos “comuns” a até duas vezes o seu estrago.
“O poder destrutivo dos explosivos lançados em Gaza excede aquele da bomba de Hiroshima”, reiterou o Monitor Euromediterrâneo.
Israel emprega bombas de alto poder destrutivo contra áreas civis densamente povoadas. Cada projétil tem capacidade de devastação de 150 kg a até uma tonelada.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, vangloriou-se recentemente de ordenar o disparo de mais de dez mil bombas apenas contra a Cidade de Gaza.
O grupo de direitos humanos radicado em Genebra também documentou o uso de armas banidas internacionalmente por parte de Israel, sobretudo bombas de fragmentação e de fósforo branco, que causa queimaduras gravíssimas e mesmo fatais.
Desde 7 de outubro, Israel mantém bombardeios incessantes a Gaza, em retaliação a uma operação surpresa do movimento de resistência Hamas que cruzou a fronteira e capturou soldados e colonos.
Foram mortos 9.061 palestinos até então, incluindo 3.760 crianças e 2.326 mulheres. Outras 32 mil pessoas ficaram feridas, além de 2.060 desaparecidos sob os escombros — dos quais 1.120 crianças.
As ações israelenses equivalem a punição coletiva, crime de guerra e genocídio.