Caracas, 5 nov (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Félix Plasencia, rechaçou nesta sexta-feira o que chamou de “insistência e obsessão” do alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, contra o país.
O político espanhol concluiu nesta sexta uma visita oficial ao Brasil, e antes, no começo da semana, havia cumprido agenda no Peru.
“Alto representante Josep Borrell, sua pretensão de dar lições sobre democracia, liberdade e prosperidade deve ser dedicada a atender às necessidades dos cidadãos europeus. Rechaçamos sua insistência e obsessão contra a Venezuela”, disse Plasencia no Twitter.
Em outra mensagem, ele afirmou que Borrell, “em sua turnê pelos países vizinhos, insiste em dedicar sua retórica contra” a Venezuela.
“Lembro-lhe que a Venezuela bolivariana é líder em cooperação, solidariedade e desenvolvimento em nossa região. É uma terra de oportunidades para nosso povo e milhões de imigrantes”, acrescentou.
Plasencia também disse que, em 16 dias, a Venezuela realizará sua 29ª eleição nos últimos 22 anos – neste caso, regional. Ele alegou que o pleito estará “aberto ao mundo” e mostrará “a solidez” da democracia e do sistema eleitoral do país.
“A UE é convidada para esta celebração do protagonismo popular no marco de nosso inabalável compromisso soberano”, afirmou.
O chefe da diplomacia da UE visitou Brasil e Peru nesta semana com o objetivo de “fortalecer tanto as relações bilaterais quanto a cooperação regional”.
Em ambas as visitas, ele debateu a situação na Venezuela.
Borrell destacou o apoio do Peru ao diálogo na Venezuela como um meio para uma “solução política”, e fez comentários sobre as eleições regionais no país e sobre as presidenciais na Nicarágua.
O político espanhol classificou a situação no país centro-americano como “uma das mais graves atualmente” na América Latina como um todo, e é ainda mais preocupante para a Europa do que as próximas eleições na Venezuela.
Já no Brasil, ele abordou a questão da migração venezuelana a outros países, que é estimada em quase 6 milhões de pessoas. EFE