Caracas, 12 nov (EFE).- A ONG venezuelana Control Ciudadano afirmou nesta sexta-feira que a China continua sendo o principal fornecedor de armas ao país, após divulgar um novo relatório sobre a aquisição e incorporação de armas e material militar entre 2017 e 2021.
“A China continua sendo o fornecedor mais importante de sistemas de armas para a Venezuela”, afirma a ONG no relatório baseado em informações divulgadas pelas Forças Armadas Nacionais Bolivarianas, porta-vozes e publicações governamentais, além de comunicados da indústria militar, notas de imprensa das empresas fabricantes e outros.
O documento observa também que a Rússia segue sendo um fornecedor e que a África do Sul aderiu no ano passado “com a venda de vários lançadores de granadas de 40 mm”, embora não especifique quais países foram e quais já não são fornecedores.
“As compras e recepção do material militar que foram registradas neste relatório ou, pelo menos, aquelas que se tornaram conhecidas, durante o período 2017-2021, são muito menores do que nos anos anteriores, o que se deve principalmente à grave crise econômica que a Venezuela vem sofrendo desde 2013”, acrescentou a ONG.
Também frisou que “alguns equipamentos”, como “radares de navios, rádios portáteis, drones de origem americana, japonesa e chinesa são de uso civil” e podem ser adquiridos “livremente, mesmo através de empresas de comércio eletrônico”, portanto não há restrições que se apliquem ao fornecimento de “material militar e de dupla utilização”.
A Control Ciudadano também indicou que a maior aquisição de equipamentos e sistemas de armas registrada no relatório se destina à Marinha, ao Exército, à Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada) e à Aviação Militar Bolivariana.
Por fim, a ONG denunciou o “segredo e opacidade” sobre o orçamento investido em compras militares, e que são feitas por diferentes órgãos da administração pública. EFE