Redação Central, 9 nov (EFE).- O Ministério da Saúde de Cingapura anunciou nesta terça-feira que os gastos médicos de pessoas com covid-19 que se negaram a ser vacinadas, não serão mais cobertos pelo governo.
A medida, anunciada no site da pasta, já está em vigor desde ontem, só sendo aberta exceção para quem não conseguiu passar pelo processo de imunização por restrições médicas ou por idade.
“Atualmente, as pessoas não vacinadas representam uma grande proporção daqueles que requerem cuidados intensivos e contribuem, de maneira desproporcional, para a pressão dos nossos recursos”, indicou nota emitida pelo Ministério da Saúde.
Nas últimas três semanas, o número de casos diários de covid-19 se estabilizou em torno de 3 mil na Cidade-Estado, sendo que 99% são considerados leves ou assintomáticos, de acordo com as autoridades locais.
Apesar da taxa da vacinação de 85% da população, o temor em Cingapura é de que o aumento no contágio represente alta também nas UTIs dos hospitais do país, que já têm taxa de ocupação de 70%.
Para aumentar a cobertura vacinal, as autoridades estão avaliando a aplicação de doses do imunizante desenvolvido pelas companhias Pfizer e BioNTech em crianças de 5 a 11 anos de idade.
Em outubro, o governo local já havia determinado que os trabalhadores que não estivessem vacinado ou não infectados recentemente, deverão apresentar teste de antígeno com resultado negativo para desempenhar suas atividades a partir de janeiro.
Apesar da maioria das restrições terem sido retiradas em Cingapura, ainda há limitações no número de pessoas permitidas em restaurantes e eventos públicos.
Desde o início da pandemia, na Cidade-Estado foram registrados 221 mil casos de infecção pelo novo coronavírus e 511 mortes por covid-19, a maioria, em agosto deste ano. EFE