Miami, 16 out (EFE).- Enquanto Alex Saab, suposto testa de ferro do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, viaja para os Estados Unidos neste sábado, extraditado de Cabo Verde para enfrentar acusações de lavagem de dinheiro, a Procuradoria-Geral americana pediu que seja indeferido um recurso apresentado pelos advogados do empresário colombiano.
Até agora não houve qualquer informação do governo dos EUA sobre a chegada da Saab ao país, mas o líder opositor venezuelano Carlos Paparoni, que como deputado da Assembleia Nacional da Venezuela investigou as atividades do empresário, escreveu no Twitter que o extraditado chegará hoje a Miami.
“Confirmamos que o maior ladrão da nossa história, Alex Saab, está a bordo do avião americano N708JH via Miami”, anunciou, ao citar um avião pertencente ao Departamento de Justiça dos EUA.
Antes da chegada de Saab, a Procuradoria-Geral dos EUA comunicou a um tribunal de apelações que o recurso não procede por “falta de jurisdição”, de acordo com os documentos do tribunal divulgados neste sábado.
Os advogados de Saab apresentaram um recurso em Atlanta depois que um juiz de Miami se recusou a anular a ordem que o considera um “fugitivo” e o acusa de lavagem de dinheiro.
Na resposta da acusação ao recurso, o procurador Jeremy Sanders argumentou que a instância superior deveria “ratificar a decisão do tribunal distrital” em Miami contra Saab, que estava detido em Cabo Verde desde junho de 2020, a pedido dos Estados Unidos.
Por outro lado, a acusação observou que “a reivindicação de imunidade diplomática de Saab, que carece de mérito, deve ser tratada pelo tribunal distrital em primeira instância”, de acordo com documentos do tribunal aos quais a Agência Efe teve acesso.
O procurador Sanders, que tinha até a quinta-feira passada para apresentar o argumento, recordou que Saab enfrenta sete acusações de lavagem de dinheiro e mais uma de conspiração para cometer esse crime. EFE