Nova York (EUA.), 5 nov (EFE).- A companhia farmacêutica Pfizer anunciou nesta sexta-feira que o comprimido experimental que desenvolveu contra a covid-19 reduziu o risco de internação e morte entre as pessoas já infectadas pelo novo coronavírus em 89%.
De acordo com a imprensa americana, a empresa publicou hoje os resultados preliminares dos destes realizados com o medicamento, em um total de 775 adultos.
O estudo concluiu que os pacientes que tomaram o comprimido, junto com outro antiviral, tiveram uma redução em 89% na taxa combinada de hospitalização ou morte, na comparação com os pacientes que receberam um placebo.
O medicamento tem como objetivo evitar que o novo coronavírus faça cópias de si mesmo e invada o organismo do infectado, segundo a Pfizer, que indicou ainda não terem sido publicados os detalhes dos testes realizados, que serão enviados aos órgãos reguladores.
“É uma notícia assombrosa. Meu sentimento geral foi de alívio, pois foi um longo caminho”, afirmou Annaliesa Anderson, diretora científica da divisão de vacinas bacterianas e medicina hospitalar da companhia, em entrevista ao jornal “The Washington Post”.
A especialista, que dirige a pesquisa e está trabalhando neste medicamento desde janeiro do ano passado, revelou ter conhecido a eficácia do comprimido na última quarta-feira e que isso “acelerou seu coração”.
“Temos a vacina para a proteção e agora temos a oportunidade de receber um tratamento”, comemorou Anderson.
A Pfizer já começou a produção de mais de 180 mil cartelas do comprimido, que é o objetivo a ser alcançado até o fim deste ano.
Até meados de 2022, a companhia farmacêutica estima produzir, pelo menos, 21 milhões de cartelas, fechando o próximo ano com 50 milhões, segundo detalhou hoje o “The Washington Post”.
A Pfizer ainda não divulgou qual será o valor de venda do medicamento.
Ontem, as autoridades do Reino Unido aprovaram o Molnupiravir, primeiro comprimido antiviral contra a covid-19, desenvolvido pelas companhias MSD e Ridgeback Biotherapeutic.
O medicamento poderá ser usado em pacientes que deram positivo em teste de detecção do novo coronavírus e que apresentam, ao menos, um fator de risco para apresentar forma grave da doença. EFE