Santa Cruz de La Palma (Espanha), 28 out (EFE).- A nova ruptura do cone principal do vulcão La Palma, na Espanha, ocorrida na quarta-feira, mantém o fluxo de lava em direção ao oeste, onde também existe uma preocupação crescente com as emissões de dióxido de enxofre (SO2) da pluma vulcânica, que oscilam entre 6 mil e 9 mil toneladas por dia.
Nas últimas horas, o número de terremotos de magnitude superior a 3,5 em profundidades médias e profundas – mais de 20 quilômetros – aumentou em La Palma, o que aumenta as hipóteses de um terremoto de intensidade VI (ligeiramente prejudicial), de acordo com o Departamento de Segurança Interna (DSN, na sigla em espanhol) nesta quinta-feira.
Observa também que a nova ruptura do cone principal do vulcão Cumbre Vieja mantém o fluxo de lava para oeste, alimentando os fluxos de lava já existentes.
Por outro lado, e tendo em conta a possível nova chegada de lava ao mar, a Capitania Marítima estabeleceu um perímetro de exclusão do sul (Puerto Naos) ao norte (Tazacorte) e paralelo à costa a meia milha náutica da costa.
Com relação à qualidade do ar, o DSN informou que o processo eruptivo aumentou os valores de dióxido de enxofre (SO2) no lado oeste da ilha, onde o vulcão pode estar emitindo até 9 mil toneladas por dia desse gás para a atmosfera.
Na madrugada desta quinta, o cenário meteorológico continuou favorável às operações aeroportuárias da ilha de La Palma.
A ilha de La Palma sofreu 53 novos sismos na noite passada, segundo informação do Instituto Nacional Geográfico (IGN, na sigla em espanhol), que detalha que o maior sismo dos registados desde a meia-noite (hora local) ocorreu às 5h05 (hora local) em Fuencaliente, com uma magnitude de 3,6 e uma intensidade estimada em III (fraca). EFE