Roma, 6 jan (EFE).- A variante ômicron e as concentrações em festas de fim de ano tiveram impacto no número de contágios pelo coronavírus na Itália, que aumentaram 153% entre 29 de dezembro e 4 de janeiro em comparação com os sete dias anteriores, enquanto o número de mortes subiu 8,9%, informou nesta quinta-feira a fundação sem fins lucrativos Gimbe.
A Itália tem atualmente 1,4 milhão de pessoas com covid-19, embora a grande maioria esteja em casa sem sintomas ou com sintomas leves. Desde fevereiro de 2020, o país contabilizou 6,7 milhões de contágios e mais de 138 mil mortes.
A Gimbe advertiu nesta quinta-feira que entre 29 de dezembro e 4 de janeiro os casos da doença dobraram, e a pressão hospitalar também aumentou, com 28% a mais de internações em unidades comuns e 21,6% a mais em unidades de terapia intensiva (UTI).
Entre 22 e 28 de dezembro, foram realizados pouco mais de 5,1 milhões de testes de coronavírus, e sete dias depois houve 25,3% a mais.
A taxa de positividade – porcentagem de testes diagnósticos positivos – também saltou para 8,2% entre 29 de dezembro e 4 de janeiro, acima dos 2,8% nos sete dias anteriores.
“O enorme aumento da circulação viral se deve tanto à propagação da variante ômicron como ao aumento dos contatos sociais durante as festas de fim de ano. O impacto nas hospitalizações e mortes será visível nas próximas semanas”, disse o presidente da fundação, Nino Cartabellotta.
A Fundação Gimbe pretende promover a disseminação e aplicação das melhores evidências científicas com pesquisa, treinamento e informação científica independente, para melhorar a saúde das pessoas e contribuir para a sustentabilidade.
O Conselho de Ministros da Itália aprovou na quarta-feira a vacinação obrigatória para pessoas com mais de 50 anos, uma medida destinada a aliviar a pressão hospitalar e controlar os contágios para proteger a população. EFE