Copenhague, 8 nov (EFE).- O governo dinamarquês anunciou nesta segunda-feira que voltará a exigir o passaporte Covid e a considerar a doença algo crítico para a sociedade dois meses depois de ter suspendido as últimas restrições em vigor à população.
A razão é o forte aumento de novos casos de coronavírus e de internações de pacientes com Covid-19 em hospitais, que triplicaram em um mês e são os mais altos desde meados de fevereiro, embora ainda menos de um terço do que foi relatado durante o pico da pandemia.
“As autoridades sanitárias esperavam que houvesse mais infecções e internações, mas tudo foi mais rápido do que pensávamos”, declarou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, em entrevista coletiva.
A medida foi recomendada pelo grupo epidemiológico que assessora Frederiksen e deve ser votada amanhã por um comitê parlamentar, mas o governo já obteve o apoio de seus três aliados, o suficiente para que a proposta vá adiante.
A premiê advertiu que poderia haver mais restrições destinadas à população não vacinada, sem especificar, mas descartou a possibilidade de um encerramento da atividade econômica e social nacional, como aconteceu durante as duas primeiras ondas do coronavírus.
Em 10 de setembro, a Dinamarca se tornou um dos primeiros países europeus a suspender todas as restrições, pois a pandemia foi considerada sob controle devido ao alto nível de população vacinada. Contudo, o governo já havia advertido então que as restrições poderiam ser retomadas se a situação piorasse.
Até agora, 75,3% do total da população dinamarquesa recebeu o programa vacinal completo, e 6,6% dos habitantes receberam a dose de reforço. O país tem uma das mais baixas taxas de mortalidade por Covid-19 na Europa, com 47,14 óbitos por 100 mil habitantes. EFE