Washington, 12 nov (EFE).- O conselheiro da extrema direita Steve Bannon, aliado do ex-presidente americano Donald Trump e próximo à família Bolsonaro, foi indiciado nesta sexta-feira por um grande júri federal por duas acusações de desacato ao Congresso dos Estados Unidos por não ter respondido a uma intimação do comitê legislativo que investigou o ataque ao Capitólio em janeiro.
O Departamento de Justiça declarou em nota oficial que uma das acusações diz respeito à sua recusa em comparecer ao comitê, enquanto a segunda é por se recusar a entregar documentos. Uma acusação do tipo pode levar a uma pena de prisão de 30 dias a um ano e a uma multa de entre US$ 100 e US$ 1 mil.
Em 21 de outubro, o empresário de 67 anos se recusou a comparecer perante ao comitê de investigação do ataque de 6 de janeiro ao Capitólio por um grupo de simpatizantes de Trump.
Enquanto isso, o Procurador Geral dos EUA, Merrick Garland, vem sendo alvo de todo tipo de pressão política para acusar Bannon através dos tribunais após a decisão do Congresso.
Na nota, Garland destacou que desde o primeiro dia no cargo ele está empenhado em mostrar à população americana, “tanto em palavras como em atos, que o Departamento de Justiça adere à letra da lei, segue os fatos e a lei, e busca a igualdade de justiça”.
Neste momento, ainda não foi marcada uma data para uma audiência sobre o caso no tribunal federal do Distrito de Columbia. O Procurador Matthew M. Graves lembrou no texto que o comitê de investigação do ataque ao Capitólio emitiu uma intimação em 23 de setembro para Bannon comparecer para testemunhar e entregar documentos, o que ele recusou.
Em sua intimação, o comitê legislativo detalhou que acredita que o ex-assessor de Trump tem em sua posse informações relevantes para entender o que aconteceu em janeiro. EFE