A Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) advertiu contra eventuais concessões da Autoridade Palestina (AP) a um acordo de normalização entre Israel e Arábia Saudita, sob o pretexto de que medidas como essa “abrem uma janela política para que Tel Aviv volte às negociações”. Em nota divulgada nesta quinta-feira (7), a Frente Popular alertou que o governo americano de Joe Biden mantém contatos regulares com Riad, a fim de alcançar o que vê como triunfo diplomático às vésperas do ano eleitoral. Em paralelo, os Estados Unidos buscam convencer a Autoridade radicada em Ramallah a dar seu aval ao pacto, sob promessas de que favorecerá a “solução de dois Estados”. Além disso, há propostas sobre a mesa que abrangem assistência financeira à administração em crise do presidente palestino Mahmoud Abbas. A Frente Popular rechaçou as discussões da Arábia Saudita com Israel, ao descrevê-las como “perigoso avanço”, dado que o reino é um país central na geopolítica árabe e islâmica. Caso a monarquia construa relações com a ocupação, prosseguiu o comunicado, poderá motivar outros Estados a fazer o mesmo. Em 2020, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Marrocos e Sudão normalizaram relações com o regime ocupante, sob os chamados Acordos de Abraão, promovidos pelo então presidente americano Donald Trump. Décadas antes, foi a vez de Egito e Jordânia. A questão palestina permanece em aberto. LEIA: A busca da AP por controle às custas do povo palestino