Roma, 31 out (EFE).- Os líderes do G20 iniciaram neste domingo, em Roma, o segundo dia da cúpula em busca de um posicionamento sobre meio ambiente com intensas negociações, antes de participarem da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, amanhã.
Os negociadores de cada delegação passaram a noite tentando chegar a um acordo sobre questões climáticas a ser traduzido em um comunicado conjunto neste domingo, segundo fontes oficiais da cúpula do G20 confirmaram à Agência Efe.
Os chefes de Estado ou de governo dos Vinte, que representam 80% do produto interno bruto do planeta, iniciaram hoje o segundo e último dia de reunião em Roma, presidido pelo primeiro-ministro anfitrião, Mario Draghi.
À noite, fontes da delegação americana asseguraram que “alguns pontos” da declaração do G20 sobre questões climáticas ainda estavam sendo negociados, enquanto a parte italiana disse que o debate se prolongou até a madrugada.
Não foi por acaso que Draghi abriu o plenário final da cúpula com um apelo urgente: “Devemos agir rapidamente para evitar consequências desastrosas”, alertou.
Trata-se de uma questão espinhosa, pois afeta a indústria e o sistema produtivo dos países, e já no mês de julho, os ministros do setor, em reunião de nível ministerial em Nápoles, fracassaram nas negociações.
Especificamente, eles não conseguiram convencer a China e a Índia, membros do G20 e grandes poluidores, a tentar limitar o aquecimento global a 1,5 grau Celsius neste século, em conformidade com o Acordo de Paris.
Mas também não conseguiram chegar a um acordo sobre a eliminação dos subsídios aos combustíveis fósseis e o fechamento das usinas de carvão em 2025.
Nesta cúpula de Roma, entre outras coisas, os Estados Unidos querem que mais países subscrevam o Compromisso Global do Metano, promovido em conjunto com a União Europeia, que visa reduzir o aquecimento global em 0,2 grau Celsius até 2050.
O encontro de Roma contou com a presença do príncipe Charles, do Reino Unido, país que está sediando a partir de hoje a COP26, na cidade escocesa de Glasgow, e ele aproveitou para chamar o mundo à unidade diante deste desafio.
Ele afirmou que os líderes mundiais têm, em sua opinião, “uma enorme responsabilidade para com as gerações futuras”.
É por isso que ele pediu que a comunidade internacional “deixasse de lado suas diferenças” e aproveitasse a cúpula de Glasgow como a “última chance de agir”. EFE