Washington, 13 out (EFE).- Os ministros de Economia e Finanças e os governadores dos bancos centrais do G20 se comprometeram em Washington nesta quarta-feira a não retirar “prematuramente” medidas de ajuda em meio à pandemia de covid-19 até que uma estabilidade econômica esteja assegurada.
Em um comunicado conjunto divulgado após um encontro ministerial do bloco em Washington (EUA), onde o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial também estão reunidos nesta semana, os ministros do G20 também enfatizaram que permaneceriam vigilantes sobre a evolução dos preços.
“Continuaremos a apoiar a recuperação e evitar qualquer retirada prematura de apoio”, disseram eles no comunicado, que também fala de um compromisso em “preservar a estabilidade financeira e a sustentabilidade fiscal a longo prazo”.
Os bancos centrais também se comprometeram a continuar a monitorar de perto a evolução da inflação e a agir “conforme necessário”.
No comunicado, os ministros das principais economias mundiais aprovaram o acordo alcançado em 8 de outubro na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para estabelecer uma taxa mínima de imposto corporativo de 15% e distribuir parte dos lucros nos países onde eles são gerados.
Eles enfatizaram que este acordo estabelece um sistema tributário internacional “mais estável e mais justo” e concordaram com a necessidade de implementar o mais rápido possível as regras e instrumentos multilaterais que permitirão que este compromisso seja efetivo a partir de 2023.
Os ministros também notaram sua “determinação” em trabalhar para colocar a pandemia “sob controle” mundial “o mais rápido possível” e lembraram o compromisso das autoridades sanitárias do G20 de ajudar as economias em desenvolvimento e os países de baixa renda a ter acesso a vacinas e tratamentos contra a covid-19.
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, enfatizou o compromisso do país com o acordo dos ministros do G20 e disse em uma nota oficial que o governo do presidente Joe Biden trabalhará “construtivamente” com o Congresso para tentar incluir os compromissos fiscais internacionais “revolucionários” em seu pacote de gastos sociais.
Já o comissário de Economia da União Europeia, Paolo Gentiloni, destacou em outro comunicado que, ao saírem da “sombra” da pandemia, os países do G20 têm uma “oportunidade única” de reconstruir suas economias sobre “novas bases” para que não haja apenas uma recuperação, mas “uma nova era de crescimento constante e sustentável”. EFE