Glasgow (Reino Unido), 9 nov (EFE).- O G77+China, grupo dos 77 países em desenvolvimento, junto com o gigante asiático, exigiu nesta terça-feira, na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), que as nações ricas aumentem a ambição climática e a ajuda para combater as consequências do aquecimento global.
Ahmadou Sebory, enviado à COP26 por Guiné, país que ocupa a presidência de turno do grupo, afirmou que a resposta à crise é uma responsabilidade compartilhada, mas que cada nação deve modular suas contribuições em função de suas “circunstâncias nacionais”, segundo o princípio da “justiça e igualdade”.
“Convocamos nossos parceiros desenvolvidos a serem mais ambiciosos nas iniciativas para reduzir as emissões e mais ambiciosos ao oferecer ajuda aos países em desenvolvimento”, garantiu Sebory.
O enviado de Guiné do G77+China, que abrange grande parte da América Latina, África e Sul da Ásia, cobrou que o mundo desenvolvido “cumpra as promessas” e alcance o objetivo de mobilizar US$ 100 bilhões por ano para o financiamento da luta contra a crise climática.
Sebory destacou a “importância de garantir que as conclusões da COP26 reflitam o frágil equilíbrio que foi alcançado no Acordo de Paris”, que, segundo ele, não deve ser “renegociado, nem reinterpretado”.
O guineense ainda completou, afirmando que cada país deve “adotar por completo o acordo, no contexto das respectivas capacidade e responsabilidades”, e convocou os participantes da cúpula realizada em Glasgow a assumir as obrigações individuais para alcançar as metas coletivas. EFE