Glasgow (Reino Unido), 10 nov (EFE).- As grandes metrópoles mundiais, reunidas no grupo batizado como C40, cobraram nesta quarta-feira mais investimento em transporte público, de até US$ 208 bilhões anuais, que permitiria dobrar o número de viagens até 2030.
“O transporte público é a chave para que possamos reduzir a emissão de carbono nas cidades”, afirmou Marcelo Calero, secretário de Governo e Integridade Pública da cidade do Rio de Janeiro.
A rede C40, junto com a Federação Internacional de Trabalhadores do Transporte (ITF, pela sigla em inglês), exigiu em uma jornada sobre o setor na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), um aumento substancial nos investimentos para os próximos anos para que se alcancem as metas do Acordo de Paris.
Isso permitiria uma redução de 25% das emissões mundiais de CO2 na atmosfera, além da criação de mais de 4,5 milhões de postos de empresas, assim como conectar “áreas historicamente não tinham ligação necessária com o centro das cidades”, afirmou o secretário geral da ITF, Stephen Cotton, à Agência Efe.
O propósito é “que todas as áreas urbanas tenham um seguro, frequente e acessível sistema de transporte dentro de um raio de 10 minutos andando a partir das casas das pessoas”, dentro do grupo de mais de mil cidades formam o C40, segundo indica comunicado conjunto do grupo.
O objetivo e que “para os lugares distantes, o transporte público chegue com maior qualidade”, disse Calero.
Já o gerente do sistema público de transporte de Bogotá, capital da Colômbia, Felipe Ramírez, garantiu que o objetivo é que o sistema atenda “pessoas mais vulneráveis”.
O ITF aponta entender o transporte público como agente social chave, já que, segundo o secretário-geral Stephen Cotton, sem acesso a ele, não é possível a ter acesso a um melhor salário, por exemplo, como parte de “uma grande estratégia”. EFE