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Irã lança drones em retaliação a Israel

O Irã lançou dezenas de drones a Israel, a horas de seu destino, alegou o exército da ocupação israelense neste sábado (13). De acordo com a mídia israelense, mísseis de cruzeiro estão entre os disparos.

A Guarda Revolucionária confirmou os disparos em comunicado: “Lançamos uma operação com drones e mísseis em resposta aos crimes da entidade sionista contra nosso consulado na Síria. A operação abarca dezenas de mísseis e drones a alvos específicos nos territórios ocupados”.

O Supremo Líder do Irã, Ali Khamenei, escreveu no Twitter (X): “O malicioso regime sionista será punido”.

Segundo os Estados Unidos, um ataque aéreo deve atingir Israel dentro de horas.

Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, reafirmou em nota que o presidente Joe Biden recebe atualizações regulares sobre a matéria, em contato com oficiais israelenses e eventuais aliados.

Os relatos vêm à tona após duas semanas de um ataque israelense contra o consulado iraniano em Damasco, na Síria, que matou sete membros da Guarda Revolucionária, unidade de elite do exército do Irã.

Daniel Hagari, porta-voz do exército ocupante, fez um pronunciamento à televisão: “O Irã lançou veículos aéreos não tripulados ao território do Estado de Israel [sic]. Estamos em alto estado de alerta e prontidão”.

Israel permanece em alerta desde 1° de abril, muito embora não tenha reconhecido o ataque ao consulado. Teerã prometeu retaliação, alimentando apreensão de propagação da guerra.

Segundo o Pentágono, o exército israelense não coordenou a operação contra Damasco.

Na manhã deste sábado, comandos da Marinha iraniana apreenderam um navio de contêineres ligado a um oligarca israelense, perto do Estreito de Hormuz.

Neste mesmo contexto, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, alegou prepara para um “ataque direto do Irã”.

“Nossos sistemas de defesa estão posicionados”, afirmou Netanyahu. “Estamos preparados para qualquer cenário, seja em termos de defesa ou de ataque”.

Seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou “monitorar de perto os ataques”; contudo, sem maiores detalhes.

Após os pronunciamentos, Gallant e Netanyahu se retiraram a um bunker em Tel Aviv, para uma reunião urgente de seu gabinete de guerra.

Espaço aéreo fechado

O espaço aéreo israelense será totalmente fechado a partir das 22h30 GMT (19h30, horário de Brasília), segundo a autoridade nacional de aeroportos.

Países da região seguiram a medida.

O Ministério dos Transportes do Iraque também instruiu o fechamento de seu espaço aéreo. Em nota à imprensa, a gestão do Aeroporto Internacional de Erbil confirmou a decisão, ao abarcar a região autônoma do Curdistão.

Segundo fontes de segurança regionais, forças de defesa da Jordânia prometeram interceptar e abater drones que violem seu espaço aéreo. Sistemas de radar acompanham as atividades.

Voos do país também foram interrompidos provisoriamente a partir das 20h00 GMT (17h00 em Brasília), confirmou a Autoridade Regulatória de Aviação Civil da Jordânia.

Egito, Kuwait, Síria e Líbano também aderiram a interrupção do tráfego aéreo, segundo relatos.

Propagação da guerra

Nesta sexta-feira (12), o grupo libanês Hezbollah — aliado de Teerã — disparou uma bateria de foguetes ao território considerado Israel.

Israel realiza ataques diários ao sul do Líbano desde a deflagração do genocídio contra a Faixa de Gaza, incluindo mísseis de fósforo branco, substância proibida que causa queimaduras graves e danos ao meio ambiente.

A Síria instalou sistemas de defesa terra-ar e pôs bases estratégicas em alerta máximo, incluindo com mísseis Pantsir fabricados na Rússia em torno da capital Damasco. Fontes especulam uma contrarretaliação israelense a grupos paramilitar pró-Teerã radicados no país.

Além de Síria e Líbano, Israel bombardeia regularmente partes do Iraque e Iêmen.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação transfronteiriça do braço armado do grupo Hamas, que capturou colonos e soldados. De acordo com o exército israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram na ocasião.

Entretanto, reportagens do jornal Haaretz mostraram que parte considerável das mortes se deu por “fogo amigo”, sob ordens gravadas de comandantes militares de Israel para que suas tropas atirassem em reféns e residências civis.

Em Gaza, são 33.634 mortos e 76.214 feridos, além de dois milhões de desabrigados, até então.

Apesar de uma ordem do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), radicado em Haia, deferida em 26 de janeiro, Israel ainda impõe um cerco militar absoluto a Gaza — sem comida, água, energia elétrica, medicamentos ou combustível.

As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.