No primeiro dia do principal festival dos muçulmanos, o Eid Al-Fitr, o exército israelense disse, na quarta-feira (10), que suas forças realizaram dezenas de ataques aéreos em várias partes da Faixa de Gaza, com a qual está em guerra há mais de seis meses, informou a Agência Anadolu.
“Nas últimas 24 horas, aviões de guerra e drones atingiram dezenas de alvos em diferentes áreas da Faixa de Gaza”, disse um comunicado divulgado pelos militares.
A declaração afirma que os ataques do exército tiveram como alvo “instalações militares, plataformas de lançamento de foguetes e aberturas de túneis”.
O comunicado também mencionou “confrontos cara a cara” com combatentes palestinos no centro de Gaza.
A presença do exército israelense em Gaza agora está limitada à Brigada Nahal, posicionada ao longo do eixo de Netzarim, que separa o norte e o sul do enclave, com o objetivo de impedir que os palestinos deslocados retornem ao norte.
O Movimento Palestino, Hamas, ainda não comentou a declaração do exército israelense.
Israel empreendeu uma ofensiva militar mortal contra a Faixa de Gaza desde um ataque transfronteiriço realizado em 7 de outubro pelo grupo de resistência palestina Hamas, que matou ao menos 1.200 pessoas.
Entretanto, desde então, o Haaretz revelou que os helicópteros e tanques do exército israelense haviam, de fato, matado muitos dos 1.139 soldados e civis que Israel alegou terem sido mortos pela Resistência Palestina.
Desde então, mais de 33.300 palestinos foram mortos e quase 76.000 ficaram feridos em meio à destruição em massa e à escassez de produtos de primeira necessidade.
A guerra israelense, agora no 186º dia, levou 85% da população de Gaza ao deslocamento interno em meio à escassez aguda de alimentos, água potável e medicamentos, enquanto 60% da infraestrutura do enclave foi danificada ou destruída, de acordo com a ONU.
Israel é acusado de genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) que, em janeiro, emitiu uma decisão provisória que ordenou que o país parasse com os atos genocidas e tomasse medidas para garantir que a assistência humanitária fosse fornecida aos civis em Gaza.
Do MEMO