Um recente relatório da Human Rights Watch (HRW) denunciou Israel por recorrer à fome como tática de guerra na Faixa de Gaza sitiada, que continua sob ataques intensos.
Com cerca de 20 mil mortos e 50 mil feridos, sendo 70% mulheres e crianças, o país é acusado de bloquear deliberadamente o fornecimento de água, comida e combustível, além de impedir a assistência humanitária.
O que você precisa saber:
- Tática Desumana de Guerra: Israel é acusado de privar deliberadamente a população de Gaza de água e comida como método de guerra.
- Impacto Devastador: Cerca de 2 milhões de deslocados forçados e uma população de 2.4 milhões enfrentam condições humanitárias críticas.
- Negociações Fracassadas: O cessar-fogo entre Hamas e Israel para troca de prisioneiros colapsou em dezembro, contribuindo para agravar a situação.
Situação Humanitária Precária: O HRW ressalta que a entrada limitada de gás de cozinha, mesmo durante um breve cessar-fogo, não foi suficiente. A população, com 80% de deslocados internos, enfrenta uma catástrofe humanitária, com muitos abrigados em condições insalubres.
Posicionamento das Nações Unidas: Apesar da trégua, as demandas da população deslocada pela ofensiva israelense persistem. A ONU descreve as condições em Gaza como “dantescas”, com o Programa Alimentar Mundial (PAM) alertando para um grave risco de fome generalizada.
Cerco Absoluto e Embargo Prolongado: O cerco a Gaza, intensificado em outubro, privou a região de eletricidade, comida, água e combustível, somando-se a um embargo de mais de 16 anos. O relatório do HRW considera isso uma punição coletiva, configurando crime de guerra.
Responsabilidade de Israel: O HRW destaca que, como potência ocupante, Israel tem o dever, segundo a Quarta Convenção de Genebra, de garantir o acesso da população civil a suprimentos médicos e alimentares.