Macron e Biden avançam na restauração da confiança após crise bilateral

Diário Carioca

Paris, 22 out (EFE).- Os presidentes da França, Emmanuel Macron, e dos Estados Unidos, Joe Biden, tiveram uma nova conversa telefônica nesta sexta-feira que permitiu avançar no restabelecimento da confiança entre os dois países após a crise bilateral que eclodiu em setembro devido à venda de submarinos americanos para a Austrália.

Em comunicado, o Palácio do Eliseu explicou que Macron e Biden falaram do trabalho que está sendo desenvolvido entre os dois países para “garantir a confiança” e “enfrentar em conjunto os atuais desafios, em particular a implementação de uma defesa europeia mais forte, complementar à Otan e que contribua para a segurança global”.

Os presidentes “saudaram o bom andamento dos trabalhos e comprometeram-se a aprofundar o diálogo e a cooperação entre os dois países”, no encontro agendado em Roma para o final do mês, por ocasião da cúpula do G20.

Além disso, Macron receberá em Paris a vice-presidente americana, Kamala Harris, que irá à capital francesa para participar do Fórum de Paris pela Paz, no dia 11 de novembro, e de uma conferência internacional sobre a Líbia no dia 12 de novembro.

As relações entre Paris e Washington sofreram uma forte deterioração quando um acordo de defesa entre os Estados Unidos, Reino Unido e Austrália foi anunciado em 15 de setembro.

A razão é que esse acordo inclui a venda de submarinos nucleares dos EUA para a Austrália, quebrando, desta forma, um contrato de compra de submarinos franceses convencionais.

Para expressar seu descontentamento, Macron chegou a chamar o embaixador francês em Washington para consultas e, simultaneamente, reiterou que a União Europeia deve aumentar sua independência e soberania, especialmente no campo da defesa.

Para tentar amenizar as diferenças, Macron e Biden já conversaram por telefone no dia 22 de setembro, e o presidente americano reconheceu que poderia ter consultado mais a França antes de assinar o pacto de defesa com a Austrália e o Reino Unido.

Em seguida, as partes iniciaram um “processo de consulta aprofundada” que se traduz em mais contatos entre eles e entre os membros de seus respectivos governos. EFE

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