O Ministro do Interior da Malásia, Saifuddin Nasution Ismail, afirmou hoje que seu país não reconhecerá sanções impostas unilateralmente por estados individuais, incluindo as dos Estados Unidos. A declaração ocorreu após uma reunião com Brian Nelson, o principal oficial de sanções do Departamento do Tesouro dos EUA, durante a qual foram discutidas questões de financiamento relacionadas ao Irã e ao Hamas.
Ismail enfatizou a posição da Malásia de aderir somente a sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, uma postura que foi respeitada pela delegação dos EUA, segundo relatos do Free Malaysia Today.
O que você precisa saber
- Posição da Malásia: O país só reconhecerá sanções impostas pelo Conselho de Segurança da ONU.
- Discussões com os EUA: Questões sobre transferências de fundos para o Irã e o financiamento do Hamas foram temas centrais.
- Compromisso com Padrões Internacionais: Malásia reafirma sua dedicação ao combate ao financiamento do terrorismo e à lavagem de dinheiro.
Contexto da Reunião
A visita de Nelson à Malásia teve como pano de fundo esforços dos EUA para impedir que a Malásia se torne uma rota para o Hamas arrecadar fundos e para o Irã movimentar petróleo através de prestadores de serviços malaios. O encontro abordou formas de cooperação entre os dois países no combate a atividades financeiras ilícitas e na prevenção do financiamento de organizações consideradas terroristas pelos EUA.
Estratégias de Combate ao Financiamento Ilícito
O ministro Ismail detalhou que a Malásia possui um “plano estratégico claro para combater o financiamento ilícito e a lavagem de dinheiro”, alinhado com os padrões internacionais. Ele reiterou o compromisso do país em aderir às normativas globais para prevenir atividades financeiras que possam apoiar o terrorismo.
Relações Bilaterais Produtivas
Apesar das divergências sobre a questão das sanções, Ismail descreveu a reunião como “produtiva” e expressou a disposição da Malásia em continuar o diálogo e a cooperação com os Estados Unidos. Esta abordagem sugere um esforço contínuo para equilibrar a soberania nacional com as exigências das relações internacionais.