O terremoto de 7.0 de magnitide que deixou mais de dois mil mortos no Marrocos neste final de semana ocorreu pouco depois das 23 horas (19h de Brasília) de sexta-feira (08), a cerca de 71 km a sudoeste de Marrakech.
Um terremoto secundário de 4.9 de magnitude aconteceu 19 minutos depois. Nas áreas montanhosas e remotas, ainda é difícil uma avaliação das perdas humanas, dada a dificuldade de acesso e isolamento de muitas aldeias.
O epicentro do terremoto ocorreu nas montanhas do Alto Atlas. A província de Al Haouz e Taroudant foram as mais atingidas, com a maior quantidade de mortos. Mas também houve desastres em Ouarzazate, Azilal e Chichaoua. Enquanto buscam por sobreviventes e condições de socorro, voluntários se juntam às equipes de resgate e pedem ajuda.
No post, o craque marroquino Achraf Hakimi atende ao chamado e doa sangue às vítimas do terremoto
Em Marrakech, a área mais prejudicada é a que corresponde à cidade antiga, a Medina, com suas casas e edificações antigas, um patrimônio tombado pela Unesco. A histórica mesquita Koutoubia, de 850 anos, em Marrakech ficou envolta em fumaça e poeira, e ainda é motivo de preocupação.
Câmeras de segurança nas casas registraram o momento do primeiro tremor.
O medo de tremores secundários levou as pessoas às ruas em várias cidades. O terremoto foi sentido também na capital Rabat, a cerca de 350 km de distância, e nas cidades de Casablanca e Essaouira.
Embora já tenha sofrido com terremos no passado, mas não estavam previstos agora. Em 1960, o terremoto de Agadir matou 12 mil pessoas. Em 2004, 628 pessoas morreram nos tremores registrados na cidade de Al Hoceima, no nordeste de Marrocos.
Desde o terremoto, internautas têm compartilhado com as redes sociais e enviado às mídias locais fotos e vídeos que retratam o desatre e o sofrimento nas cidades marroquinas. A página no Facebook do Morocco World News reproduz alguns desses conteúdos dando a dimensão dos danos e atordoamento dos habitantes.
Do Memo