A presidente do Chile, Michelle Bachelet, confirmou que aceitou o convite para presidir o programa Aliança para a Saúde da Mãe, do Recém-Nascido e da Criança, criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), assim que deixar o Governo em março.
A governante chilena confirmou ter aceitado o convite na noite de terça-feira em Bahía Inglesa, a 850 quilômetros de Santiago, na região do Atacama, onde realiza uma excursão de trabalho.
A proposta foi formulada no Palácio La Moneda por Flavia Bustreo, a vice-diretora do programa.
Em declarações durante uma atividade com habitantes da zona, Bachelet indicou, além disso, que o cargo, que é “ad honorem”, sem pagamento, e no qual sucederá Graça Machel, viúva de Nelson Mandela, será exercido desde o Chile, pois quer permanecer no país para defender as reformas impulsionadas por seu governo.
“A verdade é que eu vou ficar no meu país, porque amo o meu país, porque acredito que é preciso continuar contribuindo e porque estou disponível para que defendamos todas as reformas que fizemos”, disse aos presentes.
“Me sinto honrada pela sua confiança e estou orgulhosa pelo o que fizemos. Agradeço aos amigos e amigas por caminhar lado a lado durante estes anos. Sem dúvida, defenderemos as mudanças que fizeram que para muita gente tenha uma vida melhor”, acrescentou.
Durante este período, Bachelet se preocupou em impulsionar reformas para diminuir a desigualdade e melhorar a distribuição da riqueza, com medidas no âmbito tributário, educativo e trabalhista, entre outros, algumas das quais poderiam ser revisadas pelo próximo governo, que será liderado pelo conservador Sebastián Piñera.
O programa da OMS para a Saúde da Família, a Mulher e Criança tem como principal objetivo a redução da mortalidade infantil e a melhora da saúde materna.
A porta-voz do Governo, Paula Narváez, afirmou que é um motivo de orgulho para o Chile que mais uma vez mais a presidente Bachelet, que há anos liderou a ONU Mulher, seja considerada por organismos internacionais “para liderar instâncias de nível mundial”.
Isso, afirmou, demonstra “o nível internacional” que Bachelet tem “desde o ponto de vista de sua liderança”.
EFE