Milhares de pessoas protestaram hoje (4) no enclave curdo de Afrin, no noroeste da Síria, para denunciar “os massacres” da Turquia, que desenvolve uma operação militar neste território sírio desde 20 de janeiro contra milícias curdas.
Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, os manifestantes denunciaram a morte de civis, os bombardeios de aviões turcos e os ataques com mísseis e artilharia contra Afrin, onde a situação humanitária se deteriorou devido ao cerco quase total.
O observatório indicou que os manifestantes condenaram também o silêncio internacional perante a ofensiva de tropas turcas, apoiadas por facções rebeldes sírias, contra a principal milícia que opera na região, as Unidades de Proteção do Povo (YPG, na sigla em curdo).
Hoje, prosseguem os enfrentamentos entre as tropas turcas e as facções sírias rebeldes e islâmicas que as apoiam, por um lado, e as YPG, por outro, no oeste e o norte de Afrin.
Desde o começo da ofensiva e até a manhã de hoje, 134 combatentes morreram nos choques armados e bombardeios, entre eles, 19 soldados turcos e 108 membros das YPG e dos corpos de autodefesa de Afrin, segundo o observatório, que, anteriormente, anunciou a morte de pelo menos 68 civis em Afrin desde o início da intervenção turca.
Por sua parte, o exército turco reconheceu a morte de 14 militares. O governo de Ancara considera as YPG terroristas por seus vínculos com o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, a guerrilha curda presente na Turquia.
EFE