Manágua, 10 nov (EFE).- O governo da Nicarágua anunciou nesta quarta-feira que vacinará a população de casa em casa contra a Covid-19, a fim de conseguir uma maior cobertura das pessoas imunizadas.
“Temos a força para ir de casa em casa para qualquer um que queira ser vacinado, porque vamos lembrar que a vacinação é voluntária. Qualquer um que quiser poderá ser vacinado em sua própria casa”, declarou a vice-presidente e primeira-dama, Rosario Murillo, através da mídia governamental.
Ela também anunciou que brigadas itinerantes serão criadas para que as comunidades mais distantes também sejam atendidas e destacou que as vacinas estarão disponíveis em todas as feiras de saúde.
Até agora, o governo havia implementado duas estratégias de vacinação: uma baseada em inoculações em grandes hospitais em áreas urbanas, e outra levando as doses para os Centros de Saúde, unidades existentes em todos os municípios da Nicarágua.
Desde o início da vacinação contra a Covid-19 até hoje, o país vacinou 53% da população acima de 2 anos de idade com pelo menos uma dose, de acordo com dados oficiais. A porcentagem de habitantes imunizados passou de menos de 10% em agosto passado para mais de 50% em outubro, de acordo com relatórios emitidos por Murillo.
As autoridades nicaraguenses informaram que garantiram 7 milhões de doses de vacinas cubanas e 3,39 milhões de doses de imunizantes russos.
O país da América central aplica as cubanas Abdala e Soberana 02 a crianças de 2 anos de idade e adolescentes com até 17 anos, respectivamente. Também inocula a Sputnik V de duas doses e a Sputnik Light, de aplicação única. Esses imunizantes ainda não foram aprovados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Graças a doações de Espanha, Estados Unidos, Canadá, Noruega, Índia, Panamá e ao mecanismo Covax, além de um empréstimo de doses de Honduras, a Nicarágua também injetou as vacinas da AstraZeneca e da Pfizer, aprovadas pela OMS.
O governo da Nicarágua anunciou até quatro vezes que irá produzir as vacinas russas Sputnik V, Sputnik Light e Covivac, mas até agora não conseguiu. EFE