A história da “verdadeira cruz”, onde Jesus Cristo foi crucificado, atravessa séculos e continua envolta em mistério. Diversos locais religiosos reivindicam possuir fragmentos desse símbolo central do Cristianismo, mas sua autenticidade é alvo de controvérsias e questionamentos.
O que você precisa saber
- Relatos históricos remontam a mãe do imperador romano Constantino, Helena, como descobridora da “verdadeira cruz” no século 4, em Jerusalém.
- Historiadores contemporâneos questionam a autenticidade dos fragmentos, destacando a dificuldade em confirmar sua origem.
Segundo historiadores, como Candida Moss, muitos objetos poderiam ter sido reutilizados para outras crucificações, tornando complexa a validação das relíquias. Mark Goodacre, especialista em Novo Testamento, aponta que o desejo humano por proximidade física com objetos de devoção impulsionou a busca por relíquias cristãs ao longo dos séculos.
Desejo por Relíquias e Controvérsias sobre Autenticidade
Durante a Idade Média, com o estabelecimento do Cristianismo como religião oficial do Império Romano, a busca por relíquias intensificou-se, disseminando fragmentos da cruz por toda a Europa. No entanto, a autenticidade desses objetos é frequentemente contestada.
A datação por carbono, que poderia esclarecer a origem dos fragmentos, é considerada intrusiva e destrutiva. Mark Goodacre observa que o período de tempo entre a morte de Jesus e a descoberta das relíquias torna improvável sua autenticidade. Joe Kickell, pesquisador cético, não encontrou evidências conclusivas sobre a origem da “verdadeira cruz”.