OMS anuncia detecção de surto de febre amarela na Venezuela

Diário Carioca

Genebra (Suíça), 14 out (EFE).- A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quinta-feira sobre a detecção de um surto de febre amarela na Venezuela, com sete casos confirmados no fim de setembro a partir de testes de laboratório, em seis pessoas que não estavam vacinadas contra a doença.

Diante do risco de uma crise sanitária, em um país com sistema de saúde fragilizado pela pandemia da covid-19, a OMS indicou que o mais urgente é aumentar a cobertura vacinal entre a população, particularmente nas regiões amazônicas, devido a exposição aos mosquitos que transmitem a febre amarela.

Além disso, a agência recomendou que seja aumentada a imunização entre os indígenas, imigrantes e pessoas vulneráveis que vivem em áreas urbanas densamente povoadas, que estão mais propensas à picada do mosquito Aedes agyepti.

“Os casos reportados de febre amarela mostram a importância de vacina contra a doença, especialmente, em zonas endêmicas de alto risco, com ecossistemas favoráveis à transmissão”, indicou a OMS, por meio de comunicado.

Além disso, a agência recomendou a todos os viajantes com mais de nove meses a se vacinarem contra a febre amarela, pelo menos, dez dias antes da chegada à Venezuela.

O imunizante contra a doença está na lista de medicamentos efetivos e seguros elaborada pela Organização Mundial da Saúde e garante, com uma dose, proteção para toda a vida.

Contudo, a agência indicou que não recomenda nenhuma restrição de viagem ou de comércio com a Venezuela, em função das informações que obtidas até o momento.

Até o momento, o surto não resultou em nenhuma morte e deixou três doentes assintomáticos. Outras quatro pessoas tiveram sintomas como dor de cabeça, dor nos olhos, irritação na pele e dores nas articulações.

O local provável da infecção é um município rural localizado no estado de Monagas, no noroeste do país sul-americano.

Na região, a OMS aponta que há uma baixa taxa de vacinação contra a febre amarela, de 67,7%, o que representaria um alto risco de contágio.

Em janeiro do ano passado, a agencia havia informado sobre o primeiro caso da doença na Venezuela depois de 14 anos. EFE

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