Havana, 8 out (EFE).- Ativistas de oposição ao governo de Cuba anteciparam para 15 de novembro a realização de um protesto pacífico em Havana inicialmente marcado para o dia 20 do mesmo mês, após as autoridades do país anunciarem uma comemoração militar na mesma data.
“Quando a mobilização militar foi declarada, não tivemos outra escolha senão mudar a data, e decidimos por consenso antecipá-la”, disse nesta sexta-feira à Agência Efe, na capital cubana, um dos líderes do grupo ativista Archipiélago, o dramaturgo Yunior García Aguilera.
O grupo havia solicitado permissão no mês passado para a manifestação pacífica em 20 de novembro em várias cidades, apelando para o reconhecimento dos direitos de reunião, manifestação e associação para fins legais e pacíficos estabelecidos na Constituição cubana de 2019.
García Aguilera afirmou que não havia recebido uma resposta oficial das autoridades.
Por outro lado, o governo do presidente Miguel Díaz-Canel anunciou na quinta-feira que o Dia da Defesa Nacional será comemorado em 20 de novembro e será precedido de exercícios militares nos dois dias anteriores.
Embora as autoridades cubanas aleguem que a data tinha sido marcada com antecedência, os ativistas opositores acreditam que elas o fizeram depois de tomarem conhecimento do protesto, com o objetivo de evitá-lo.
Além disso, 15 de novembro é o dia estabelecido pelas autoridades cubanas para implementar novas medidas de afrouxamento das restrições impostas à população em função da pandemia de covid-19, o que permitiria maior liberdade para reuniões em espaços públicos. EFE
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