O governo de Papua Nova Guiné abriu uma embaixada israelense na cidade ocupada de Jerusalém nesta terça-feira (5), tornando-se o quinto país a fazê-lo, após Estados Unidos, Kosovo, Guatemala e Honduras. A maioria dos países mantém sua sede diplomática em Tel Aviv. As informações são da agência de notícias Reuters. Israel descreve toda a cidade de Jerusalém como sua capital “eterna e indivisível”. Sua anexação da cidade, entretanto, continua adversa à lei internacional, à medida que os palestinos reivindicam Jerusalém Oriental como capital de seu futuro Estado. Israel capturou a parte leste de Jerusalém em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias, e anexou sua totalidade em 1980. Pelos próximos dois anos, o Estado israelense arcará com os custos da nova embaixada, situada do lado oposto do maior shopping center de Jerusalém, confirmou o premiê de Papua Nova Guiné, James Marape, à imprensa local. LEIA: Agosto registra três palestinos mortos e 132 detidos em Jerusalém “Muitas nações preferem não abrir suas embaixadas em Jerusalém, mas fizemos a escolha correta”, insistiu Marape. “Para nós, que nos dizemos cristãos, prestar respeito a Deus não bastaria sem reconhecer Jerusalém como capital universal de Israel”. Marape prometeu ainda apoio a Israel na Organização das Nações Unidas (ONU). O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, participou da cerimônia de abertura da embaixada papuásia, frente um contexto de tensões internas em seu país, escalada colonial nos territórios ocupados e laços estremecidos com Washington. Durante o evento, Netanyahu alegou que a nova embaixada desenvolverá setores como agricultura, recursos hídricos, saúde e tecnologia – “para não apenas cuidar do passado, como tomar o futuro em nossas mãos”. Wassel Abu Youssef, membro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), reiterou que Tel Aviv “buscava qualquer país – mesmo que um país visto apenas pelo microscópio – para promover a transferência de embaixadas a Jerusalém”. Papua Nova Guiné, que ocupa metade da ilha de Nova Guiné, no oeste do Oceano Pacífico, tem sua economia baseada na agricultura e mineração. Seu comércio com Israel mal passa de US$1 milhão por ano, segundo autoridades do Estado ocupante. LEIA: As palavras de Ben-Gvir expõem a verdadeira natureza do sionismo