Caracas, 13 nov (EFE).- O ministro do Interior e da Justiça da Venezuela, Remigio Ceballos, afirmou neste sábado que as forças de segurança do país impediram o avanço de um plano para sabotar a realização das eleições regionais e locais que acontecerão no país no dia 21 deste mês.
“Devo informar sobre a neutralização de um grupo terrorista que tentava cometer uma sabotagem nas instalações do CNE (Conselho Nacional Eleitoral), em Mariche”, afirmou o integrante do governo, em pronunciamento exibido pela emissora estatal de televisão “VTV”.
O ministro indicou que foram detidos quatro homens, identificados como Dimas Alberto González, José Miguel Acuña, Francisco Javier Moya e Kenmer Gutierrez. Eles, segundo Ceballos, portavam material explosivo e combustível.
O integrante do governo indicou que os presos fazem parte de um grupo que se autodenomina “Operação Contingente Americano 2020”, que garantiu ser coordenado por William Ricardo Sánchez Ramos, apelidado de Antorcha, que estaria na Espanha, dirigindo operações e financiamento em coordenação com Leopoldo López e Iván Simonovis.
Ceballos indicou que o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), a Diretoria de Contrainteligência Militar (DGCIM) e o Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (CICPC) constataram que os detidos fazem parte do mesmo grupo que tentou interferir nas eleições legislativas realizadas no ano passado.
O ministro apresentou um vídeo em que Dimas González relata ter sido procurado por um William Sánchez, para fazer “um trabalho de sabotagem no CNE em Mariches (que fica no estado de Miranda)”. O objetivo seria incendiar as instalações do órgão.
No pronunciamento, Ceballos garantiu que as investigações sobre o caso continuam em curso e que não descarta a prisão de mais supostos envolvidos.
A Venezuela terá daqui oito dias eleições regionais e locais, em que serão definidos novos 23 governadores, 335 prefeitos, 253 membros dos Conselhos Legislativos e 2.471 vereadores. Pela primeira vez desde 2017, o pleito contará com a presença da oposição, incluindo o grupo liderado por Juan Guiadó. EFE