Polícia entra em confronto com grupos negacionistas e neofascistas em Roma

Diário Carioca

Roma, 9 out (EFE).- A polícia da Itália dispersou neste sábado uma violenta manifestação realizada em Roma, para protestar contra o passaporte sanitário da covid-19, que teve a presença de grupos neofascistas, que utilizaram bombas de fumaça e invadiram a sede de um sindicato.

Cerca de 10 mil pessoas, de acordo com a imprensa local, se concentraram durante a tarde (hora local), na Piazza del Popolo, no centro da capital italiana, para atacar as restrições impostas devido à pandemia, e também proferir insultos contra o governo e jornalistas.

Entre os participantes do ato estavam militantes do partido neofascista “Forza Nuova” (Força Nova), que vem sendo presença constante neste tipo de evento.

A tensão aumentou quando os manifestantes, muitos com rosto coberto, lançaram bombas de fumaça e sinalizadores contra a sede do governo da Itália, o que provocou forte reação dos policiais que acompanhavam a movimentação, com repressão e detenções.

Algumas centenas de participantes seguiram, mesmo depois da confusão, reunidos na Via del Corso, uma das principais ruas do centro de Roma.

Durante a tarde, além disso, manifestantes chegaram a ocupar a sede do principal sindicato do país, a CGIL, o que foi classificado, pouco depois, como “inaceitável” pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi.

Manifestações semelhantes à registrada em Roma aconteceram em outras cidades do país, como Milão, embora, tenham reunido menor número de pessoas.

Draghi afirmou que todas as pessoas tem o “direito de manifestar as próprias ideias, mas sem jamais causar atos de agressão ou intimidação”.

Além disso, o primeiro-ministro garantiu que não dará qualquer passo atrás quanto a implantação do chamado “passaporte sanitário”, que é a exigência de comprovação de imunização à covid-19 para diversas atividades.

“O governo continua com seu compromisso para seguir a campanha de vacinação e agradece aos milhões de italianos que se somaram a ele, devido seu senso de civismo”, concluiu. EFE)

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