Moscou, 18 nov (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, admitiu que há frieza atual na relação do país com os Estados Unidos, mas voltou a afirmar que está aberto ao diálogo, no momento em que está sendo costurado um encontro com o presidente americano, Joe Biden.
“Estas relações, para dizer suavemente, estão em um estado insatisfatório”, afirmou o chefe de governo russo, em uma reunião com a cúpula do Ministério das Relações Exteriores local.
Putin destacou que, na reunião que teve com Biden, em junho, em Genebra, na Suíça, Biden “abriu algumas oportunidades para o diálogo e o alinhamento gradual e ao fortalecimento das relações”.
“E importante que as duas partes desenvolvam de maneira consistente os acordos alcançados”, garantiu o presidente da Rússia no encontro de hoje com integrantes da Chancelaria.
“Algo já está sendo feito e é preciso admitir isso. Foi iniciado um trabalho conjunto sobre os problemas da estabilidade estratégica e segurança da informação”, completou.
Sobre a eliminação dos obstáculos ao trabalho das respectivas embaixadas e consulados, Putin admitiu que não existem progressos concretos a serem relatados.
“Nossa propriedade foi confiscada nos Estados Unidos, em violação de todas as normas e regras internacionais”, afirmou o presidente russo.
As declarações de Putin foram dadas em momento que Washington e Moscou estão preparando novos contatos entre os dois presidentes, embora não haja qualquer programação ou data já ventilada.
Ontem, o chefe do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, e o assessor de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, conversaram por telefone, como parte do diálogo por um novo encontro entre Putin e Biden.
Segundo o jornal russo “Kommersant”, os dois líderes poderão manter uma conversa virtual por telefone, e um encontro presencial aconteceria em 2022. EFE