Moscou, 20 out (EFE).- O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu nesta quarta-feira aos russos uma semana de férias pagas de 30 de outubro a 7 de novembro para impedir o avanço da pandemia do coronavírus, que matou nas últimas 24 horas mais de mil pessoas, enquanto os casos ultrapassam a marca de 30 mil por dia.
“Agora é especialmente importante deter o pico da nova onda da pandemia”, disse Putin, durante reunião telemática com o governo sobre a situação da saúde no país.
Putin, que já impôs medida semelhante no início da pandemia, apoiou a proposta apresentada pela vice-primeira-ministra, Tatyana Golikova, que admitiu que as medidas atuais “não são suficientes”.
Golikova chegou a levantar a possibilidade de declarar um dia de folga nas regiões mais afetadas pela pandemia a partir do próximo sábado.
Entre eles, mencionou várias repúblicas do Cáucaso, como o Daguestão, além do Tartaristão, a siberiana Tomsk e a península de Kamchatka.
Nesse sentido, Putin autorizou as autoridades regionais a declarar férias a partir do próximo sábado e prolongá-lo para após o dia 7 de novembro.
Além disso, ele pediu às regiões que não minimizem a magnitude da pandemia da covid-19 em seus territórios.
“Na situação atual, isso é perigoso e irresponsável”, alertou.
Putin expressou “perplexidade” por haver russos com ensino superior que ainda não foram vacinados contra o coronavírus.
A Rússia voltou a registrar hoje um recorde de mortes, com 1.028 óbitos.
O número total de mortes por covid-19 na pandemia é de 225.353, embora os dados oficiais sobre o excesso de óbitos no mesmo período sejam três vezes superiores a esse número.
Além disso, foram registradas 34.073 novos casos nas 85 regiões do país. A maioria dos diagnósticos positivos foi observada em Moscou (5.847), São Petersburgo (3.274) e na região de Moscou (2.590). EFE