A rainha jordaniana afirmou à rede CNN que muitos árabes veem o Ocidente como cúmplice do massacre israelense a Gaza e questionou o silêncio internacional sobre um cessar-fogo.
“Estão nos dizendo que é errado matar uma família, uma família inteira, sob a mira de uma arma, mas que não há problema em bombardeá-los até a morte?”, disse Rania em um discurso na Universidade de Nova York. “Quero dizer, há um duplo padrão flagrante aqui. É simplesmente chocante para o mundo árabe.”
Israel declarou um “cerco completo” à Faixa de Gaza após os ataques terroristas de 7 de outubro do Hamas, que matou mais de 1.400 pessoas e fez mais de 200 reféns, segundo as Forças de Defesa de Israel.
O cerco resultou em ataques aéreos implacáveis sobre a região, densamente habitada, e num bloqueio de abastecimentos vitais — incluindo alimentos e água — para toda a população da faixa isolada.
“Esta é a primeira vez na história moderna que existe tanto sofrimento humano e o mundo nem sequer pede um cessar-fogo”, acrescentou Rania. “Portanto, o silêncio é ensurdecedor — e para muitos na nossa região, torna o mundo ocidental cúmplice.”
A rainha Rania é uma figura popular no mundo árabe e suas críticas aos líderes ocidentais são significativas. Elas ocorrem em um momento em que as relações entre Israel e o mundo árabe estão em baixa.