Moscou, 27 out (EFE).- A Rússia voltou a quebrar nesta quarta-feira o recorde de mortes diárias por covid-19, ao alcançar a marca de 1.123 notificações vítimas da doença nas últimas 24 horas, segundo informações do comitê criado pelo governo do país para atuar na pandemia.
A maior marca anterior de óbitos havia sido atingida ontem, com 1.106.
Este é o nono dia consecutivo que são contabilizadas mais de 1.000 mortes decorrentes da infecção pelo novo coronavírus no território russo.
A maior quantidade de falecimentos por covid-19 foi registrada em Moscou, com 91. Depois, aparecem São Petersburgo, com 74, e o território de Krasnodar, com 42.
Desde o início da pandemia, a Rússia já acumula 233.898 vítimas da doença, embora estimativas extra-oficiais indiquem que o número pode ser até três vezes maior.
Nos últimos 28 dias, o país é o segundo com mais mortes acumuladas por covid-19, com 26.727, ficando apenas atrás dos Estados Unidos, que registrou 45.292, de acordo com monitor mantido pela universidade americana Johns Hopkins.
Além disso, a Rússia há duas semanas consecutivas tem mais de 30 mil casos positivos para o novo coronavírus diariamente.
De acordo com o boletim de hoje do comitê de luta contra a covid-19, foram notificados mais 36.582 casos, em todas as 85 regiões do território nacional.
Moscou também lidera na quantidade de novos positivos, com 5.789, seguida por São Petersburgo, com 2.913, e pelo restante da região metropolitana de Moscou, que teve 2.670.
Desde que o patógeno começou a se propagar no território russo, já foram registrados 8.352.601 de casos. Apenas EUA, Índia, Brasil e Reino Unido foram mais afetados pelo contágio da covid-19 até o momento.
Segundo dados oficiais, na Rússia, apenas 32,2% da população completou o esquema de vacinação contra a covid-19.
Amanhã, Moscou inicia um período de 11 dias de feriado decretado para tentar conter o avanço da doença. Os trabalhadores receberão folga remunerada, enquanto os serviços não essenciais deverão ficar fechados.
Dois dias depois, medida semelhante passará a valer no restante do território russo, após decreto do governo presidido por Vladimir Putin. EFE