Cartum, 26 out (EFE).- Dez pessoas morreram e 140 ficaram feridas durante os protestos de segunda-feira contra o golpe de Estado dado por militares no Sudão, afirmou nesta terça-feira a Associação de Profissionais, que liderou as manifestações que resultaram na queda do ditador Omar al Bashir em 2019.
Em comunicado, a Associação de Profissionais afirmou que as mortes foram causadas por tiros das Forças de Apoio Rápido, uma antiga milícia acusada de crimes contra a humanidade em Darfur que se tornou uma força militar regular.
Foram relatadas manifestações em várias partes do Sudão na segunda-feira, após relatos de que os militares dissolveram o Conselho Soberano, o principal órgão de poder no processo de transição do país, e o Conselho de Ministros, e prenderam vários membros da entidade, incluindo o primeiro-ministro, Abdalla Hamdok.
No mesmo dia, o Ministério da Informação do agora dissolvido governo informou que os militares dispararam contra os manifestantes que rejeitaram o golpe militar em frente ao Comando-Geral do Exército em Cartum.
No final do dia, o Comitê de Médicos relatou inicialmente três mortes, mas agora a Associação de Profissionais Médicos triplicou este número. EFE