Sudão chega a seis meses de guerra e chamas destroem marco nacional

Diário Carioca
Incêndio na Torre da Companhia de Petróleo do Grande Nilo em Cartum, capital do Sudão, em 17 de setembro de 2023 [AFP via Getty Images]

Um dos marcos nacionais do Sudão — um arranha-céu às margens do rio Nilo que abrigava a sede da Companhia de Petróleo do Grande Nilo — foi reduzido a cinzas e destroços devido a uma nova escalada nos confrontos entre facções rivais na capital Cartum.

As informações são da agência de notícias Reuters.

A torre de vidro e metal foi construída durante o boom de petróleo no país, antes do Sudão do Sul proclamar sua independência em 2011. Trata-se de um dos maiores investimentos em construção civil do Estado norte-africano.

Fogo e fumaça tomaram o distrito financeiro de Cartum no sábado (16), perto do encontro entre o Nilo Azul e Branco, após confrontos entre as Forças Armadas e as Forças de Suporte Rápido (FSR). Não está claro qual foi a causa imediata do incêndio.

As Forças de Suporte Rápido acusaram o exército de atacar o local, junto de outros prédios estratégicos, em meio a esforços para coagir uma retirada dos rebeldes de partes da capital sudanesa tomadas pela coalizão paramilitar no início do conflito.

As Forças Armadas não comentaram o incidente até então.

A guerra entre as partes começou em meados de abril, após meses de tensão sobre o plano de transição à democracia, quatro anos depois do ditador Omar al-Bashir ser destituído por um levante popular. Os lados rivais compartilhavam poder desde um golpe militar em 2021.

O conflito em curso causou saques e escassez de remédios e alimentos, expulsando cerca de cinco milhões de pessoas de suas casas.

Do Memo

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