Trump diz que tem “provavelmente uma relação muito boa com Kim Jong-un”

Diário Carioca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu a entender nesta quinta-feira que desenvolveu uma boa relação com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, apesar dos ataques que ambos trocaram publicamente nos últimos meses.

“Provavelmente tenho uma muito boa relação com Kim Jong-un”, disse Trump em uma entrevista ao jornal nova-iorquino “The Wall Street Journal”.

“Eu tenho relações com as pessoas. Acredito que vocês estão surpresos”, insistiu o presidente americano.

Trump, no entanto, não quis confirmar se conversou ou não diretamente com Kim.

“Não quero comentar. Não estou dizendo se fiz ou não. Simplesmente não quero comentar”, respondeu o governante ao ser questionado pelo jornal.

Nos últimos dias, Trump se mostrou aberto em mais de uma ocasião a realizar um diálogo com a Coreia do Norte, a mais recente ontem, quando a Casa Branca assinalou que o presidente está disposto a manter conversas “no momento apropriado, sob as circunstâncias adequadas”.

Os EUA estão sem contatos oficiais com a Coreia do Norte há muitos anos e, nos últimos meses, Trump trocou duros ataques com o líder do país asiático, a quem ridicularizou em várias ocasiões com apelidos como “Homem Foguete”, em alusão aos testes de mísseis e armas norte-coreanas.

Segundo o presidente americano, tudo isso seria parte de uma estratégia.

“Vocês vão ver muito disso comigo”, disse Trump sobre esses ataques. “Depois, de repente, alguém é o meu melhor amigo. Eu poderia citar 20 exemplos. Você poderia me dar 30. Sou uma pessoa muito flexível”, enfatizou o presidente dos EUA.

Na terça-feira, os representantes das duas Coreias realizaram uma reunião em sua fronteira militarizada na qual concordaram em garantir “a segurança e o sucesso” dos Jogos Olímpicos de Inverno na Coreia do Sul, que acontecem em fevereiro.

A intenção norte-coreana de participar da competição esportiva, que foi anunciada recentemente, é um gesto importante para apaziguar os ânimos após um ano marcado por contínuos testes de armas norte-coreanos e o tom beligerante com o qual o presidente Trump respondeu ao regime de Pyongyang.

EFE

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