Variante ômicron não dá trégua nos EUA, que somam 900 mil casos diários

Diário Carioca

Washington, 8 jan (EFE).- A variante ômicron da covid-19 está atingindo duramente os Estados Unidos, país com o maior número de casos acumulados do coronavírus no mundo e onde ocorrem mais de 900 mil novos casos e 2 mil mortes diárias.

De acordo com os dados mais recentes da Universidade Johns Hopkins, 900.832 novos casos e 2.615 óbitos foram registrados no país na sexta-feira, após ter ultrapassado a marca de 1 milhão de casos na última segunda.

Especificamente, foram comunicados naquele dia 1.082.549 de casos, embora o número possa estar distorcido devido ao atraso na entrega dos dados devido ao fim de semana e às festas de fim de ano.

As autoridades sanitárias dos EUA insistiram na importância da vacinação e pediram aos cidadãos que recebessem a dose de reforço das vacinas disponíveis.

Até o momento, 62% da população do país já recebeu a dosagem completa, enquanto 33% tem a dose de reforço.

Por sua vez, a variante ômicron já responde por 95% dos casos de covid-19 nos EUA.

Ao mesmo tempo, o governo liderado pelo democrata Joe Biden deixou ao critério dos infectados assintomáticos a decisão de fazer um teste após os cinco dias de quarentena.

Apesar do aumento drástico nos casos, o futuro dos mandatos de vacinação contra a covid-19 de Biden, que coletivamente afetariam cerca de 100 milhões de pessoas, está no centro de uma batalha legal a ser decidida pela Suprema Corte.

Em duas audiências realizadas ontem de quase quatro horas no total, a maioria conservadora do Supremo mostrou-se cética em relação à norma de Biden de que a maioria dos funcionários de empresas privadas do país sejam vacinados, e expressou um pouco mais de afinidade com outra medida dirigida a alguns profissionais de saúde.

O primeiro desses mandatos, que obrigaria funcionários de todas as empresas com 100 ou mais trabalhadores fossem vacinados ou apresentassem resultados negativos nos testes de covid-19 semanalmente, provavelmente começará a ser implementado em fevereiro, a menos que a Suprema Corte o impeça.

Vários grupos empresariais e 27 estados liderados por conservadores processaram o governo Biden para anular a medida.

A maioria dos ministros da Suprema Corte expressou dúvidas sobre a autoridade legal do governo para impor tal norma e questionou porque essa questão não cabe ao Congresso ou a cada estado.

Em uma segunda audiência, a Suprema Corte ouviu argumentos sobre outra norma de Biden para vacinar funcionários em mais de 50 mil postos de saúde dos EUA, aqueles que recebem subsídios federais dos programas Medicare e Medicaid, e onde trabalham cerca de 17 milhões de pessoas. EFE

arc/phg

Share This Article
Follow:
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca